Saude na Internet    Desde 1998

início > Saúde da gestante > Aleitamento materno, direito e obrigação

Aleitamento materno, direito e obrigação


UniEuropa Business School PUBLICIDADE
Todos sabemos, que a natureza é sábia. Mas nos últimos tempos, as mães têm esquecido este ditado e errado, talvez por excesso de zelo ou por pura insegurança. A verdade é que o leite materno é cientificamente reconhecido como o alimento mais apropriado para a criança até o sexto mês de vida, e ainda assim a maioria de nossos bebês recebe chás, suplementos, e mesmo leite de vaca, neste período.

Vamos agora, ver algumas vantagens do aleitamento para a mãe e o bebê e entender por que este é um direito do bebê e uma obrigação da mãe.

Enquanto a mãe está amamentando o organismo libera um hormônio chamado ocitocina que é responsável pela liberação do leite, estimula a contração uterina e evita hemorragias.

Mulheres que amamentam têm menos chances de desenvolver câncer de ovário, de mama e de útero; durante o período de aleitamento exclusivo são reduzidas as chances engravidar.

Este alimento está sempre pronto, na temperatura ideal e com boas condições de armazenamento, exigindo assim menos disponibilidade de tempo da mãe, sem contar que o custo é zero.

Já para o bebê podemos começar dizendo que estudos já comprovaram que crianças amamentadas com leite materno têm melhor desempenho intelectual, têm menos problemas como diarréia, otite, pneumonia, infecções em geral e desidratação; desenvolvem mais os músculos da boca e do maxilar tendo assim, menos problemas fonológicos.

A OMS calcula que o aleitamento diminua em 30% os índices de mortalidade infantil. Quanto às propriedades nutricionais do leite materno, podemos dizer que contém água, vitaminas, sais minerais, calorias, carboidratos, proteínas e lipídeos em quantidade e qualidade necessárias para o bom desenvolvimento do bebê.

E, para terminar não devemos esquecer do contato físico e da troca de carinhos que o momento da amamentação propicia para mãe e filho e que irão repercutir para o resto da vida.

Estes são alguns argumentos que reafirmam a necessidade de compromisso dos profissionais de saúde e principalmente dos pais com a propagação do aleitamento materno em todos os níveis sociais.

Veja na tabela abaixo as diferenças entre o leite materno, de vaca e cabra:

100 mlhumanovacacabra
Agua (%)8786,987
Energia (kcal)696671
Proteínas1,03,30-4,02,9-5,6
Gorduras (g)3,83,6-5,22,4-7,8
Carboidratos (g)7,14,7-5,14-6,3
Lactose (g)7,04,8-5,04-6,3
Cálcio (mg)28120130
Fósforo (mg)14100110
Ferro (mg)0,070,050,04
Vitamina A (mg)603540
Vitamina B2 (mg)0,030,150,15
Ác nicotínico (mg)0,220,080,19
Vitamina C (mg)3,71,51,5
Vitamina D (ug)0,0200,030,06


Publicado em: 01/05/2000. Última revisão: 08/12/2023
 COLABORADORES 

Christianne Souza de Oliveira é nutricionista graduada pelo IMEC - Porto Alegre - RS. CRN2: 2623
todos artigos publicados

 PARA SABER MAIS 
RIEL,R. Composición y estructura físico-química de la leche, 1991