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Você acredita na "produção" de órgãos para transplantes?


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Estima-se que por volta de 2020 se iniciará a era dos xenotransplantes, ou seja, transplantes entre espécies diferentes, quando, então, os órgãos poderão ser "produzidos" por animais geneticamente modificados ou transgênicos.

O animal mais promissor para isso é o porco por causa do tamanho dos seus órgãos bem próximos aos dos humanos.

Existe ainda algumas barreiras a serem vencidas. Uma delas - além dos aspectos morais e éticos que prometem acaloradas e desencontradas discussões - é a possibilidade de que o porco possa transmitir através de um órgão transplantado, virus que lhes são próprios cujos danos no organismo humano são ainda desconhecidos.

Os investimentos nessa área de pesquisa são substanciais, o que promete resultados animadores nos próximos anos.

Além dessa alternativa existe a da "produção" de órgãos artificiais. Já existe várias pessoas portando um coração articial por ai, inclusive no Brasil.

Atualmente essa alternativa é vista como uma solução temporária até que apareça um doador compatível. Isso porque é ainda uma opção muito cara - existe preço para a vida? - e ainda não muito prática porque o "transplantado" deve conduzir "parte do órgão" (baterias recarregáveis) em uma pequena sacola à tira-colo.

A miniaturização de equipamentos sofisticados para substituir máquinas de diálise ou mesmo um fígado, alimentados por diminutas baterias atômicas, de longa duração, em breve deixarão de ser obras de ficção científica.


Publicado em: 01/05/2000. Última revisão: 25/09/2023
 COLABORADORES 

Francisco Neto de Assis é Engenheiro Agrônomo especializado em Climatologia e Presidente da ADOTE - Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos.
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