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Com o verão, aumentam os casos de doenças como a conjuntivite tóxica, causada pela sensibilidade aos produtos químicos.
“O filtro solar é o vilão da história. Isso porque a evaporação do produto, a aplicação em excesso e a transpiração favorecem a penetração nos olhos”, alerta o oftalmologista Paulo Cesar Fontes, diretor do Centro de Microcirurgia e Diagnóstico (CMD), no Méier, Rio de Janeiro.
O ideal, segundo Fontes, é evitar o uso excessivo de filtros solares e bloqueadores na região periocular, enxugar esta área com lenços descartáveis e lavar a região abundantemente com água filtrada, sempre que o produto entrar em contato com os olhos.
As conjuntivites virais e bacterianas, provocadas pelo contato com água contaminada, também são comuns nesta época do ano.
Para quem usa lentes de contato, o oftalmologista, que é fundador e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares, dá dicas especiais.
“Para evitar o risco de contágio em águas poluídas, é recomendável o uso de óculos de proteção em piscinas e durante o banho de mar. Além disso, deve-se evitar o uso de lentes em saunas, devido ao alto risco de contaminação”, ressalta.
Cuidados também devem ser redobrados na compra de óculos escuros.
Paulo Fontes alerta para o risco das lentes que não oferecem proteção adequada contra os raios UVA e UVB.
“O olho humano possui mecanismos de defesa naturais que são inibidos pela escuridão proporcionada pelas lentes. A pupila, que automaticamente se fecharia diante da luminosidade, mantém-se dilatada quando se utiliza lentes escuras, deixando o olho mais exposto à radiação”, alerta o oftalmologista.
Portanto, se as lentes não protegem, os raios ultravioletas passam e afetam as estruturas oculares mais severamente do que se não fosse usado nenhum tipo de barreira.
“A exposição crônica ao sol ao longo da vida aumenta o risco de degeneração macular e do surgimento precoce de catarata. Aumenta também o risco de câncer de pele nas pálpebras”, diz o médico, ressaltando que as informações sobre a proteção contra raios ultravioletas devem estar à disposição dos consumidores.
Infelizmente, esta é uma área altamente exposta à pirataria. Somente laboratórios especializados possuem a capacidade de avaliar se a prometida proteção contra os raios UVA e UVB é verdadeira ou não.