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O mesotelioma é um câncer originário na camada do mesotélio. Essa camada existe nas cavidades do corpo. No pulmão, é chamada de pleura. No coração, de pericárdio. No abdome, denomina-se de peritôneo.
É um câncer raro, especialmente na cavidade abdominal.
A incidência do mesotelioma maligno nos Estados Unidos, por exemplo, é de apenas 2,2 casos por um milhão de pessoas. Desses, apenas 20 a 40% são de origem peritoneal.
Causas do Mesotelioma de Peritôneo
São multifatoriais, geralmente com componente genético e externo.
A causa externa mais conhecida é a exposição ao asbesto (amianto), que está relacionada com mais de 80% dos casos de mesotelioma, especialmente na pleura.
O tempo entre a exposição e o surgimento da doença é de 3 a 4 décadas.
Sintomas do Mesotelioma de Peritôneo
Os pacientes com mesotelioma peritoneal podem ter dor abdominal e sinais relacionados à obstrução do trânsito intestinal. Pode haver perda repentina de peso.
A formação de líquido na cavidade abdominal (ascite) também pode ocorrer.
Diagnóstico do Mesotelioma de Peritôneo
Exames radiológicos (como tomografia computadorizada e ressonância magnética) são importantes para quantificar o tamanho da doença, mas o diagnóstico de certeza demanda a realização de biópsia (retirada de um fragmento a ser analisado pelo médico patologista).
Testes de imunohistoquímica na peça biopsiada são frequentemente necessárias.
Tratamento do Mesotelioma de Peritôneo
Devido à raridade da doença, não existem grandes estudos publicados que comparem as diferentes modalidades terapêuticas.
Sabe-se que o mesotelioma apresenta resistência a vários medicamentos e a quimioterapia convencional traz pouco resultado. Algumas drogas, como pemetrexed, têm alguma ação e são usadas no manejo da doença.
Atualmente, uma das condutas terapêutica mais sofisticadas é a associação da peritonectomia (cirurgia de retirada da maior quantidade de peritôneo) com quimioterapia intraoperatória (dentro da cavidade).
Pois, na maioria das vezes, o mesoteioma maligno do peritôneo é descoberto em sua fase já avançada, dificultando a sua retirada completa.
A quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (usando medicamentos aquecidos em 41 a 42°C) aumenta o acesso de algumas drogas no tumor, evitando os efeitos colaterais do tratamento venoso.
Uma das características da doença é seu padrão recidivante. Cada vez que a doença retorna, o plano terapêutico é reavaliado no sentido de identificar a melhor alternativa em cada cenário.