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Quando o orgasmo não vem


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Uma vida sexual satisfatória, implica em dois elementos básicos:

- conhecimento do próprio corpo e
- comunicação plena entre os parceiros;

Conhecer o próprio corpo significa saber quais as áreas que, ao serem tocadas, despertam mais excitação; como também, que tipo de toques e carícias que agradam mais.

Na maioria das vezes, as mulheres desconhecem o seu próprio corpo e, conseqüentemente, onde dá prazer ao ser acariciada - o desconhecimento é sinônimo de insatisfação.

Outro aspecto importante, é quanto à diferença entre os ritmos sexuais masculino e feminino. O ritmo da resposta sexual masculina tende a ser mais rápida e está, em geral, associado aos estímulos visuais.

Já a mulher, em geral, apresenta um ritmo mais lento, necessitando, pois, de maior estimulação sexual. Essa estimulação se dá, mais freqüentemente, pela experiência cinestésica; ou seja, as sensações provenientes dos toques e das carícias. Para algumas, o contexto afetivo também é muito importante.

Essa diferença não se constitui um problema; são variações naturais. Portanto, para que o sexo seja mutuamente satisfatório é preciso uma adequação desses ritmos.

É nesse ponto que entra necessidade de comunicação plena entre o casal. Dizer o que gosta, como gosta, o que está querendo, se está indo rápido demais, etc, fará com que esse ajuste seja possível.

Vale ressaltar que as sensações eróticas fluem mais facilmente quando ambos, principalmente a mulher, se sente confiante, segura e descontraída em dizer o que quer e como quer.

O orgasmo é certamente um aspecto importante do crescimento sexual. Mas para conseguí-lo, é necessário que a mulher atinja um nível de tensão sexual elevado, pois o orgasmo nada mais é do que a descarga dessa tensão acumulada durante o ato sexual.
Nesse sentido, as carícias preliminares são essenciais para o aumento da excitação, deixando a penetração para o momento em que ambos estejam bastante excitados.

Por outro lado, se o casal der uma ênfase muito grande ao orgasmo, pode acarretar um estado de ansiedade e, com isso, fica mais difícil atingí-lo.

A freqüência da atividade sexual não está diretamente ligada à ausência de orgasmo. Contudo, uma vida estressada pode interferir na sexualidade, devido ao cansaço ou esgotamento físico e mental. Porém, o estresse também pode ser uma forma de evitar um aprofundamento da relação.

Cabe ficar de olho no que está acontecendo e esclarecer o mais rápido possível, antes que se instale um desgaste maior.

A comunicação abre espaço para a intimidade e para a solidificação do relacionamento.

Finalizando, o ato sexual é um momento de prazer compartilhado, onde o casal exploram e compartilham os caminhos da satisfação.


Publicado em: 14/11/2007. Última revisão: 20/05/2023
 COLABORADORES 
Dra. Iracema Teixeira Dra. Iracema Teixeira é psicóloga somático - transpessoal, com especialização em Sexualidade Humana e mestre em Sexologia. Em sua clínica, atende adolescentes, adultos, e também em terapia sexual e aconselhamento conjugal. É coordenadora do Grupo de Mulheres – "Descobrindo o Prazer".
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