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Os perigos de uma viagem de automóvel


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Um pequeno acidente pode trazer graves conseqüências para um bebê.

Para protegê-los, é necessário seguir rigorosas recomendações e tratar de colocar os pequenos em lugares destinados a esse fim.

Esse é um dos temas que, muitas vezes, acaba sendo desconsiderado quando as pessoas saem de férias.

Em um acidente automobilístico, os objetos menos protegidos são os primeiros a adquirir velocidade e sair voando pela janela do veículo.

Coisas pequenas como: as carteiras que ficam sobre os assentos, artigos recém comprados, sacolas de supermercado, ou ... uma criança pequena!

Sim, porque um bebê sem proteção adequada é um projétil que será arremessado pela janela do veículo, buscando – quase sempre - a morte.

Somente nos Estados Unidos, calcula-se que 600 crianças morrer a cada ano devido a falta de segurança nos automóveis e, portanto, essas vidas, com informação e ações adequadas, poderiam ter sido salvas.

O pediatra e professor da Universidade Anáhuac, na cidade do México, José Juambelz, destaca que “as crianças nunca devem ir nos braços das pessoas e muito menos nos assentos dianteiros. Devem ir, conforme a idade, em sua cadeirinha, ou sentados com o cinto de segurança”.


O lugar proibido

Em se tratando de menores de 12 anos, existe um lugar que, por razões óbvias, o menor não deve ocupar. Trata-se do assento dianteiro, onde a probabilidade de sair projetado através do parabrisa é muito grande.

Entretanto, existe outro motivo para taxar esse lugar como proibido: muitos modelos de automóveis – principalmente os mais modernos – trazem incorporados airbags, bolsas de ar que se inflam no momento de um impacto, para diminuir seus efeitos.

O problema é que o airbag é projetado para proteger adultos. Em crianças, essas bolsas podem provocar o sufocamento e inclusive a morte.

É por isso que se recomenda que as crianças com menos de 6 anos de idade viagem sempre no assento traseiro do veículo, com um sinto de segurança para cada uma delas.

As crianças menores ainda, devem ser transportadas em cadeirinhas de segurança especialmente desenhadas para esse fim.


Utilizando corretamente

O problema é que, segundo estudos, cerca de 80% dos assentos para bebês são mal utilizados e, logicamente, a solução é que, no momento de escolher um desses dispositivos, prestar a atenção a suas especificações e forma de utilização.

Além do mais, é necessário verificar se o assento ajusta-se bem ao bebê. A melhor maneira de instalar a cadeirinha no automóvel é colocá-la de modo que o nenê fique “olhando” para a parte posterior do veículo, ou seja, de frente para o vidro traseiro.

Mesmo que muitos possam ter a sensação de que esta posição seja menos segura, ou de que a vigilância sobre o pequeno seja menor, está comprovado que desta maneira se evitam mais eficientemente os acidentes.


O cinto de segurança

Por outra parte, ao abandonar a cadeirinha de bebê e começar a utilizar o cinto de segurança, deve-se levar em consideração que esses dispositivos foram projetados para proteger uma pessoa adulta e, portanto, cada ocupante deve fazer uso de um.

A pediatra venezuelana María Elena López, do Instituto Avicena, em Caracas, agrega que é inútil insistir que o pequeno faça uso do cinto de segurança se os adultos que o rodeiam não o utilizam.

A especialista adverte que, no caso dos cintos de segurança com correia transversal (três pontos), os maiores de três anos podem enrolar parte do cinto em seu pescoço, causando asfixia, em uma eventual colisão.

Por último, um detalhe, em que se presta pouca atenção, é que o hábito de comer durante as viagens.

Doces, chicletes ou alimentos duros, mesmo que pareçam inofensivos, podem se transformar em armas letais em caso de choque ou freiada brusca, vindo a criança a se engasgar com tais alimentos.


Publicado em: 03/02/2001. Última revisão: 06/11/2023
 COLABORADORES 

Jornalista Miguel Valdívia - especial para a Saúde na Internet


Dra. María Elena López – pediatra do Instituto Avicena, em Caracas, Venezuela.
todos artigos publicados


Dr. José Juambelz – pediatra e professor da Universidade Anáhuac, na Cidade do México – DF, México.
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